Nesta trilha, serão testados os protótipos “um” pela equipe de desenvolvimento, confeccionados na etapa anterior, modificando-os conforme necessário. Após isso, com o protótipo já modificado, os estudantes terão a tarefa de apresentar seus jogos ao seu público-alvo. Iniciando com um momento de sensibilização, a equipe de desenvolvimento introduz a proposta de seu jogo, fazendo anotações sobre como foi a testagem, possíveis melhorias e sugestões.
Nós jogamos!
Estudantes (grupos) + Professor-Mediador
Isso proporciona: revisar a escrita, a jogabilidade e a mecânica do jogo.
Materiais necessários: papel, caneta, tesouras, cola, computador, impressora (se necessário refazer o protótipo).
Jogando o protótipo Um
O protótipo “um” já deverá apresentar as ilustrações e os textos (ou os áudios já organizados) estando quase próximo do que será apresentado a outros jogadores, ou seja, da versão final do jogo. Neste caso, é desejável que já possa ser impresso ou apresentado de maneira mais organizada. Os estudantes do próprio grupo de jogadores deverão jogar esta primeira versão, apontando possíveis erros e sugestões.
Modificar o protótipo
É uma escolha do grupo apresentar o protótipo “um” para ser jogado ou fazer a versão “dois” após o grupo de desenvolvimento ter jogado. Cada nova prototipagem pode receber um número - para não confundir. Caso o jogo estiver muito difícil ou ainda não seja possível apresentar a outros jogadores (pois não vão entender a mecânica do jogo ou a história), é desejável que se façam mais protótipos, até que o professor-mediador e os estudantes acreditem que o jogo se encontra em um formato adequado para apresentação.
Atenção! Não existe exatamente um momento no qual se possa dizer “agora o jogo está pronto”. Na verdade, como se trata de uma experimentação em desenvolvimento de jogos, é esperado que o jogo, mesmo na sua versão "final", ainda apresente problemas de mecânica, erros ortográficos ou informações incompletas. Em jogos digitais chamamos estes problemas de “bugs” e são resolvidos por meio de atualizações constantes dos jogos. É por este motivo que não devemos nos apegar a perfeição. Certamente em algum momento o grupo deverá decidir “parar de mexer” para dar seguimento a próxima fase.
Eles jogam!
Estudantes (grupos) + Convidados + Professor-Mediador
Isso proporciona: ter uma visão geral das percepções de outros jogadores sobre o jogo, que poderão apresentar possíveis melhorias ou sugestões.
Materiais necessários: papel, caneta, o protótipo para jogar.
Apresentando o jogo a eles (ao grupo que irá testar)
Deve-se escolher um grupo para jogar o jogo desenvolvido pela equipe. Podem ser um dos outros grupos de desenvolvimento da sala de aula ou pode ser um pequeno grupo de estudantes de outros anos e classes, dependendo de qual foi o público do jogo decidido anteriormente. É importante que, antes de mais nada, seja feita uma apresentação, na qual cada equipe irá apresentar seu jogo. Esta ainda não é apresentação final do trabalho, então não há necessidade de uma apresentação formal ou de um grande evento de lançamento, por exemplo. Nesta apresentação devem ser mostrados os processos de desenvolvimento, como os desenhos, versões dos protótipos, dentre outros, a mecânica do jogo, os desafios e as dificuldades. Talvez essa etapa inicial pareça ser uma espécie de avaliação e, de fato, não deixa de ser, visto que a avaliação deve ocorrer durante todo o processo, no entanto, ela é muito importante pois prepara o olhar dos jogadores para a testagem logo a seguir.
Este momento funciona também como uma sensibilização, pois sabemos que alguns estudantes-jogadores podem ser severos em suas sugestões frente ao esforço dos desenvolvedores e, portanto, esse primeiro momento auxilia na construção da empatia, da compreensão de que se trata de um jogo feito por estudantes e não de um jogo profissional desenvolvido por uma grande equipe, com um grande orçamento, e de que este não é o objetivo da proposta.
Eles jogam, nós anotamos!
No caso da testagem ser feita em sala de aula com os colegas de turma, cada equipe de desenvolvimento deverá ter um ou dois representantes para auxiliar os jogadores, enquanto o restante participa de outros grupos de testagem. Esses representantes podem mudar depois de algum tempo, assim como os grupos de jogadores (como um circuito).
Caso o jogo seja jogado com outras turmas, é importante que não fique toda a equipe “observando”, pois pode deixar os jogadores ansiosos ou nervosos em aproveitar a experiência. Cada grupo poderá fazer anotações sobre as testagens assim como os grupos de estudantes-jogadores podem dar suas opiniões e ideias no final da partida (ou no meio dela, caso seja pertinente).